O mais humilhado, o mais exaltado

Se você quer saber o que é o Evangelho precisa olhar para Jesus na cruz.

Jesus pensou em nós mais do que pensou em Si mesmo. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Deus provou Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

Aquele que está acima de tudo, nos amou acima de tudo!

Esta é uma mensagem simples sobre o texto de Filipenses 2, proferida em dezembro de 2017, que fala sobre a humilhação e a exaltação de Jesus e o que isto realmente significa para a minha e a sua vida.

Ouça esta mensagem, e, se desejar, compartilhe-a com mais alguém.

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Alguém ainda está esperando Jesus?

Esta é uma mensagem simples ministrada em setembro de 2009 que fala que aquilo que faz toda a diferença na espera é saber por quem nós estamos esperando.

Nós esperamos uma Pessoa: Jesus, porque assim como Ele veio uma primeira vez, Ele virá uma segunda vez para aqueles que o aguardam para a salvação. O mesmo Jesus que disse que ressuscitaria dos mortos e ressuscitou, também disse: “Virei outra vez”.

Então, esta não é uma mensagem antiquada das pessoas do passado; mas é importante, atual e uma promessa do próprio Senhor Jesus. A pergunta, porém é: Ainda estamos esperando Jesus?

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Eu dependo da graça…

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É interessante como nós podemos compreender que somos salvos pela graça de Deus, mas não conseguimos aceitar o fato de que só podemos viver através dela.

É claro que o nosso discurso não é este. Nós dizemos que dependemos da graça de Deus para viver, mas isto, muitas vezes, nada mais é do que uma frase bonita.

Graça é um favor que eu não mereço. Se eu mereço, não é graça. Daí que é só quando eu tenho consciência do quanto eu não mereço, que eu, finalmente, começo a reconhecer minha desesperada necessidade desta graça de Deus.

Mas, a imensa maioria de nós, não pensa assim.

Lá no fundo, nós achamos que merecemos alguma coisa; para não dizer, muita coisa. É como se tivéssemos um crédito acumulado com Deus, como se fôssemos salvos pela fé, mas sustentados por nossas próprias obras e realizações.

Ou seja, nós aceitamos que começamos a ter comunhão com Deus pela Sua graça, através do que Jesus fez por nós na cruz do Calvário, mas, acreditamos que mantemos nossa comunhão com Ele através de nossas obras e justiça própria.

A verdade, é que nossa religiosidade é tão cheia de interpretações pessoais e autoenganos, que nos convencemos que somos mais justos do que os outros, por causa daquilo que fazemos ou deixamos de fazer. E, de repente, lá no íntimo, achamos que Deus e a vida nos devem algo, por tudo de bom que temos sido e realizado.

Eu sei que nenhum de nós reconhece isto abertamente. Mas, é algo que está implícito no modo como lidamos com a fé e a vida.

É então que eu percebo o quanto a nossa chamada “fé evangélica” tem, aos poucos, deixado de ser evangélica. Porque a Bíblia claramente afirma que “pela graça somos salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Mas se eu começo a me vangloriar da minha espiritualidade e me enxergar melhor que alguém ou acima da média, algo está desajustado dentro de mim, porque a Bíblia afirma que não há um justo, nem um sequer; que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus e que todos nós só somos justificados diante de Deus pela nossa fé em Jesus Cristo.

Será que é tão difícil aceitar que todos nós mancamos e somos rachados interiormente? É tão difícil abrir o coração e clamar pela graça de Jesus, não só para nos salvar, mas para nos sustentar a cada dia em Sua presença? É tão difícil, não só começar dependendo do que Jesus fez por nós na cruz e na ressurreição; mas continuar, cada dia, dependendo daquilo que Ele fez por nós?

Os reformadores do século 16 pregaram “só Cristo”, “só a fé”, “só a graça”, “só a Escritura” e “só a Deus a glória”.

Só que em nossos dias parece que estamos ouvindo um “novo Evangelho”, onde você tem que conquistar a sua salvação e justiça. As pessoas estão fazendo “sacrifícios”, “votos” e “promessas” para depois esperarem algo em troca de Deus.

Mas onde estão aqueles que vão, simplesmente, se render prostrados, humildes, em assombro e adoração, diante de Deus, clamando unicamente por Sua graça e favor sobre as suas vidas?

Paulo escreveu: “Assim como recebestes a Cristo Jesus, como Senhor, assim, andai nele”. Nós o recebemos pela fé e precisamos caminhar nele pela mesma fé.

Onde estão os que vão reconhecer, que não são apenas salvos pela fé; mas, que vivem todos os dias pela fé no que Jesus fez naquela cruz? Onde estão os que reconhecem que não só precisaram da misericórdia de Deus para terem um encontro com Jesus, mas que precisam dela todos os dias para continuarem a caminhar? Onde estão aqueles que vão reconhecer que não apenas são justificados pela fé no sangue de Jesus, mas que são santificados pela fé no sangue de Jesus derramado na cruz em seu lugar? A Bíblia diz que “o justo viverá da fé”.

Crer na graça de Deus é muito mais do que apenas falar sobre ela, ensinar sobre ela, cantar sobre ela ou mencioná-la a cada vinte palavras em uma mensagem. A graça de Deus não é um tema, uma crença, uma frase de efeito, um movimento, uma bandeira, um modismo ou uma forma mais leve e contextualizada de viver. Nunca, jamais. A graça de Deus é Cristo na Cruz reconciliando Deus e os homens. O Deus eterno se fez Homem em Jesus Cristo para buscar e salvar o que estava perdido. A graça necessariamente lida com o pecado humano. A graça necessariamente fala da justiça de Deus, da cruz e do preço que Jesus pagou ali. Como escreveu Leighton Ford há anos atrás: “O Evangelho é uma cruz no coração de Deus”.

Crer na graça de Deus, revelada em Jesus, é ter a consciência do quanto nós necessitamos dela todos os dias e o quanto ela é a razão de todo bem que Deus faz em nossas vidas.

Paulo escreveu certa vez: “Não sou digno de ser chamado apóstolo… mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a Sua graça para comigo não foi vã, antes me esforcei mais do que todos eles. Mas, não eu; e sim, a graça de Deus comigo”.

O que ele estava dizendo era: “eu não sou digno”, mas, “se eu sou algo, eu só o sou, por causa desta graça de Deus em minha vida”.

Tudo é porque Deus não me trata segundo as minhas imperfeições, contradições, ambiguidades e pecados, mas, segundo a Sua misericórdia. Tudo é porque Ele não me dá o que eu mereço; mas, sim, o que o Seu favor escolhe me conceder por causa do que Cristo fez por nós na cruz. Falar da graça sem falar da cruz de Jesus é anunciar outra mensagem.

Tudo, absolutamente tudo, é por causa do que Jesus fez por nós na cruz, entregando a Sua vida em nosso lugar.

É quando eu finalmente tenho consciência disto, que eu deixo de ser juiz do meu próximo, porque eu sei que se não fosse esta graça de Jesus, eu mesmo jamais teria conseguido sobreviver e nem estaria mais aqui.

Eu aprendo que a graça de Deus é suficiente, porque o Seu poder se aperfeiçoa na minha fraqueza. Então, quanto mais consciência eu tenho da minha fragilidade, mais eu terei consciência do favor de Deus sobre mim. E isto, simplesmente, porque eu sei que se não fosse o Senhor que esteve ao meu lado, eu jamais teria conseguido. Eu dependo dele todos os dias.

Não é quem eu sou, nem quem eu fui; não é o que eu fiz e nem o que eu faço, mas é a Sua graça em minha vida.

Eu sinceramente me arrependo dos meus pecados, conscientemente clamo pela misericórdia de Deus e, dia após dia, coloco toda a minha fé unicamente em Jesus e no que Ele fez por mim na cruz, porque foi Ele quem se entregou por mim.

Quando a graça de Deus me alcança tudo que eu posso dizer é: “Obrigado, Senhor”! Tudo que eu posso fazer é me prostrar diante dEle e dar glórias ao Seu nome. Tudo que eu posso fazer é continuar crendo e dependendo deste favor de Deus, revelado em Jesus, para viver a cada dia.

Que, hoje, você e eu possamos nos aproximar do trono da graça, para alcançarmos graça e socorro, em tempo oportuno.

O Deus de toda graça guarde as nossas vidas, em Cristo Jesus.

Paulo Cardoso

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Ora vem, Senhor Jesus!

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“Nossa esperança é Sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar. Nós aguardamos, Jesus, ainda, até o fim da manhã raiar”.

Este é um verso de um hino antigo que cantei, muitas e muitas vezes, durante a minha infância e adolescência. Vez por outra, eu me encontro cantando-o mais uma vez.

A mensagem deste hino fala do que o Novo Testamento chama de a “bem-aventurada esperança”, a esperança da volta de Jesus. O mesmo Jesus que subiu aos céus, depois de se entregar na cruz em nosso lugar e ressuscitar dentre os mortos, prometeu: “virei outra vez e vos tomarei para mim mesmo para que onde eu estiver estejais vós também”.

Ler os Evangelhos é ser colocado frente a frente com esta promessa de Jesus: Ele voltará! Não só Ele veio uma primeira vez e se entregou por amor a nós, mas Ele virá uma segunda vez para buscar os que são Seus.

A pergunta que eu faço a você e a mim, hoje, é muito simples: será que nós estamos conscientes desta verdade? Será que nós ainda estamos aguardando a sua vinda? Ou será que nós estamos tão impressionados com o progresso e com as conquistas humanas que já perdemos a consciência que a aparência deste mundo vai passar?

Eu gostaria apenas de deixar com você este simples pensamento: Jesus voltará!

Não importa o que você está atravessando, as suas dificuldades, aflições e lágrimas; há uma esperança alegre na vida de todos aqueles que confiam em Jesus: Ele virá! Os sofrimentos deste tempo presente não podem se comparar com a glória que em nós há de ser revelada. De fato, as aflições deste tempo produzem para nós um eterno peso de glória acima de toda comparação. A promessa é que Deus mesmo enxugará de nossos olhos toda a lágrima.

Não só isto, mas os maiores prazeres e alegrias; as maiores dádivas, momentos e delícias que possamos desfrutar aqui neste mundo não podem, nem de longe, se comparar com aquilo que está preparado para nós por Deus. O que os olhos não viram, ouvidos não ouviram e jamais subiu ao coração dos homens é o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.

Pedro, ao escrever sua primeira carta, fala de uma alegria indizível e cheia de glória, uma alegria que não pode ser traduzida em palavras, guardada nos céus para nós.

Que tal trazer de volta esta esperança para a sua mente e coração? Jesus virá outra vez!

Hoje, somos chamados filhos de Deus, escreveu João, e, de fato, o somos; mas, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque iremos vê-lo assim como Ele é.

Pense nisto: você e eu vamos ver Jesus! E, ao vê-lo, assim como Ele é, seremos transformados na Sua imagem.

Eu sei que, na maioria das vezes, as coisas visíveis e materiais parecem muito mais reais que as invisíveis e espirituais; mas nem tudo que parece real é de fato a realidade. O fato é que Jesus vai cumprir Sua promessa: “Virei outra vez!”.

E o que Ele pediu de nós foi que nós não esquecêssemos esta promessa. O que Ele pediu foi que nós vivêssemos como quem crê que Ele virá, porque esta é a promessa que Ele fez e que irá cumprir. Nós não sabemos o dia e nem a hora, mas Ele virá. É uma promessa que Ele nos deixou.

Paulo escreveu que a trombeta de Deus soará e os que morreram em Cristo, ressuscitarão primeiro, depois nós; os que estivermos vivos; seremos transformados e arrebatados, juntamente com eles, entre as nuvens, ao encontro do Senhor, nos ares. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

Eu sei que parece incrível, porque é incrível. Eu sei que parece além de nossa capacidade de compreensão, porque, realmente, é além de nossa capacidade de compreensão. Da mesma forma como foi incompreensível, surpreendente e além do nosso entendimento o nascimento de Jesus, assim será a sua volta.

E assim como todas as profecias que anunciaram, por toda a Bíblia, a Sua primeira vinda se cumpriram, uma a uma, todas as que anunciam a Sua segunda vinda estão se cumprindo diante dos nossos olhos. Basta ver as notícias todos os dias, olhar o mundo ao redor e comparar o que vemos acontecer com o que Jesus disse que aconteceria nos Evangelhos.

Mas não é hora de se desesperar; é hora de erguer os olhos e se alegrar, porque há uma esperança: o Rei Jesus está voltando! A palavra final da História humana não está na boca dos homens, mas na boca do Cordeiro de Deus que se entregou por nós na cruz: Jesus Cristo! Deus mesmo enxugará dos nossos olhos toda a lágrima!

Jesus nos amou de tal maneira que se entregou a Si mesmo na cruz por nós para nos levar de volta à comunhão com o Pai Celestial. Ele, sendo Deus, se esvaziou, se humilhou, se fez como um servo e obedeceu até a morte e morte de cruz.

Jesus, que nunca conheceu pecado, na cruz, se fez pecado por nós para nos dar a Sua própria justiça. Ou, como diz outro texto: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não atribuindo aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. Ou, ainda: “Deus prova o Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Não fomos nós que o amamos, mas Ele nos amou primeiro! Não fomos nós que o buscamos, mas foi Ele quem veio nos buscar e salvar!

Jesus, o Justo, morreu por nós, os injustos, para levar-nos a Deus. Pense nisto. Este é um amor que vai além de todo o entendimento.

Você crê em Jesus? Ele é uma Pessoa. O Deus que se fez Homem e habitou entre nós.

Você já colocou nele e no que Ele fez na cruz em seu lugar toda a sua confiança? É em Jesus e somente nele que está a sua fé? Se ainda não, faça isto agora.

É hora de compartilhar as boas notícias do Evangelho de Jesus; de contar para mais alguém a boa nova que Deus nos ama e que Jesus deu Sua vida por nós; de fazer o bem; ser solidário; orar; interceder e celebrar a graça e o amor de Deus por nós e por todos os homens. É hora de viver o Evangelho em sua simplicidade, graça e vida.

Aquele que veio uma primeira vez, voltará uma segunda vez para os que o aguardam para a salvação. Jesus voltará!

Não é tão importante saber como isto acontecerá, mas, sim, que isto acontecerá. O mesmo amor de Deus que trouxe Jesus a primeira vez, o trará de volta!

Nossa esperança é Sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar, nós aguardamos Jesus ainda, até o fim da manhã raiar!

Ora vem, Senhor Jesus!

Pense sobre isto.

Paulo Cardoso

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Um homem semelhante a nós

Elias não se tornou humano a partir do momento em que ele sentou debaixo de um zimbro pedindo a morte. Ele era humano o tempo todo. Ele estava sujeito aos mesmos sentimentos que nós o tempo todo. Daí que o texto nos coloca diante de duas realidades: a primeira é a da fraqueza humana que é comum a todos nós, e a segunda, é a da grande compaixão de um Deus que nos ama, nos conhece e cuida de cada um de nós.

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Andam questionando a sua fé?

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Talvez você esteja me lendo em meio a um profundo sofrimento. Você tem muitas perguntas, mas poucas respostas, muitas dores, pouco alívio.

Nós vivemos em um mundo em que o sofrimento é algo mais comum e presente do que qualquer um de nós desejaria, e você sabe, tanto quanto eu, que só entende mesmo o que é sofrer quem está sofrendo e só entende o quanto dói, quem está sentindo a dor.

Honestamente, eu penso que nós, que dizemos que seguimos a Jesus, muitas vezes, somos muito mais parecidos com os “amigos de Jó” e com os escribas e fariseus do tempo de Cristo do que com Aquele que a Bíblia chama de “homem de dores, servo sofredor e que sabe o que é padecer”; especialmente, quando o assunto é dor, sofrimento e perguntas sem respostas.

Parece que muitos sentem uma necessidade doentia de ter uma resposta pronta para dar para cada pergunta que surge, especialmente quando se relaciona à vida de outras pessoas. Nós temos uma facilidade incrível de saber o que está errado e fora de lugar na vida dos outros e como tudo poderia ser facilmente resolvido.

Quando estamos sofrendo, logo, aparece gente dizendo saber a razão porque isto ou aquilo nos aconteceu: querendo nos dar “uma revelação”; uma “visão”; uma “palavra dos céus” ou “um recado”. Já viu isto?

É simplesmente incrível a necessidade que muita gente tem de falar nestes momentos em que a maior sabedoria está no silêncio, na humanidade compartilhada, na compaixão, na oração e na solidariedade.

Parece que para muitas pessoas é como se a vida fosse uma simples equação matemática em que todas as respostas são lógicas e fáceis, desde que se conheça a fórmula certa. Mas a vida não é uma equação matemática, e, sinceramente, não existem fórmulas, frases prontas e nem respostas fáceis a serem dadas. Nem a Bíblia faz isto.

A vida é a vida. A dor é dor. E o sofrimento de cada um tem a intensidade, a dimensão, o gosto e o rosto de cada um.

O que para você pode não representar tanto sofrimento; para outra pessoa, pode representar um grande sofrimento, e, isto, simplesmente, porque somos seres humanos únicos, individuais e diferentes: com histórias diferentes, experiências diferentes e vidas diferentes. Por isto, cada um de nós sente, entende e percebe a vida de sua própria maneira.

Ainda mais cruel é quando alguém se aproxima de nós, em nome de uma pretensa espiritualidade e faz a famosa pergunta: “Você não tem fé?”

Perdoe-me a franqueza, mas se quem está sofrendo tanto não tivesse fé, não estaria nem mais vivo para ouvir esta pessoa falar tamanha bobagem.

Fé é uma caminhada com Deus, um relacionamento com Ele, algo entre você e Ele.

É fé em Jesus e no que Ele fez na cruz em nosso lugar. É saber que Deus nos amou primeiro e que nada pode nos separar do Seu amor que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Questionar a fé de alguém que está sofrendo é, no mínimo, desumano. É fazer como fizeram com Jesus quando passavam por baixo da cruz e diziam: “se Deus te ama, que te livre, agora” ou “se tu és o Filho de Deus, salve-se a si mesmo”.

A única resposta a dar em um momento assim foi a que Jesus deu quando disse: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem”.

Nós não podemos esquecer que a verdadeira espiritualidade precisa ser vestida de gente. Porque ou ela é humana ou ela não é a que Jesus ensinou, porque Ele é a Palavra que se fez carne, o Deus que se fez gente. Ele se fez semelhante a nós em todas as coisas e é capaz de se compadecer de todas as nossas angústias e dores.

Então, se você está se cobrando ou pressionando, por achar que porque você crê em Jesus, deveria estar sofrendo menos do que está, por favor, pare com isto. Você é simplesmente humano.

O que Deus nos dá em meio a tudo que estamos atravessando é esperança, forças, graça, sabedoria, consolação e a Sua presença.

Talvez nós não estejamos conseguindo sentir nem perceber a presença de Deus em meio a tudo que está acontecendo, mas Ele continua presente. Ele nunca foi embora. Ele nunca nos deixou. Ele está aqui e aí presente agora enquanto você lê estas linhas.

A questão é que Deus está presente independente de qualquer coisa que esteja ou não acontecendo. Ele está presente, porque Ele é presente na sua e na minha vida. Ele está presente por ser quem Ele é. Ele está presente, porque, na cruz, Ele fez um compromisso baseado em Sua própria vida e no sangue de Jesus, de que nunca nos deixaria e jamais nos desampararia e de que todo aquele que crê em Jesus tem a vida eterna e não entra em condenação, mas já passou da morte para a vida.

Se você e eu sentimos ou não, isto não muda nada. Ele está aqui e aí, agora mesmo. Mais perto que a sua própria respiração e que o ar que você e eu respiramos neste segundo.

Mas não só Ele está presente, Ele está com você: segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia, mês a mês, ano a ano. Todos os momentos de sua e de minha vida.

Nele nós vivemos, nos movemos e existimos, pois somos Sua criação. E se prestarmos atenção, vamos perceber, silenciosa e suavemente, o agir de Deus em pequenas coisas que acontecem em nosso dia a dia.

Eu li sobre um homem idoso e uma criança que se encontraram na rua e chegaram em suas casas dizendo que tinham tido um encontro com Deus. O senhor idoso viu Deus sorrindo para Ele no sorriso puro, sincero e inocente daquela criança e a criança viu Deus olhando para ela no olhar terno e paciente daquele senhor.

Um pequenino gesto de bondade, um pequeno toque de gentileza, uma brisa suave, uma cena do dia a dia, uma palavra de um desconhecido, o sorriso de uma criança, uma lágrima de solidariedade podem ser formas de Deus nos dizer: “Eu estou bem aqui com você”.

Mas mesmo sem nenhuma destas coisas, há uma cena que nunca vai deixar de nos falar do amor com o qual Deus nos ama: a cruz de Jesus.

Deus provou o Seu amor para conosco, no fato de que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Nada nos fala tanto do amor de Deus quanto Jesus, na cruz, entregando a Sua vida por nós.

Se pessoas estão questionando sua fé, por causa de sua dor, não dê atenção. Continue caminhando. Deus não está questionando você, Ele está segurando a sua mão e andando lado a lado com você.

O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

Pense nisto.

Paulo Cardoso

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Quando a alma é sequestrada pela dor

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Alguma vez você já sentiu como se a sua alma estivesse sequestrada pela angústia? Algo como se você tivesse sido feito refém do medo, da tristeza, da dor e da desesperança?

Eu penso que era deste modo que o salmista se sentia quando escreveu: “Misericórdia, Senhor! Estou em desespero! A tristeza me consome a vista, o vigor e o apetite. Minha vida é consumida pela angústia, e os meus anos pelo gemido; falta-me a força devido à minha aflição, e os meus ossos se enfraquecem” (Salmo 31:9,10 – NVI).

Não é interessante pensar sobre como palavras que foram escritas há quase 3000 mil anos atrás podem falar tanto conosco hoje? E como o desabafo de um homem que sofria e gemia, há tanto tempo atrás, consegue descrever com tanta riqueza de detalhes aquilo que tantos de nós sentimos hoje?

Isto me faz pensar que a alma dele era igual a sua e a minha.

Veja que ele diz que está em desespero: sua esperança tinha acabado.

Ele diz que a tristeza consumia a sua vista, as suas forças e o seu apetite.

Em outras palavras, ele não conseguia ver mais nada com clareza e parecia que tudo estava embaçado pelas lágrimas da sua própria dor. Era como se ele estivesse vivendo no meio de um nevoeiro em que ele não conseguia mais enxergar nenhum caminho diante de si.

A tristeza havia se tornado a lente através da qual ele enxergava a própria vida e tudo ao seu redor.

Mais que isto, ele se sentia enfraquecido, cansado, esgotado e sem ânimo para nada.

Ele perdeu o apetite; algo que tem haver com o próprio instinto de sobrevivência que todos temos. Perdeu o prazer, a alegria, o desejo, a fome.

Para ele, a sua vida estava sendo consumida pela angústia e os seus anos pelo gemido. O tempo passava, mas nada parecia mudar.

É aí que ele sente-se sem força e diz que os seus próprios ossos se enfraqueciam por causa da sua aflição.

De alguma forma ou de muitas formas, o corpo dele estava adoecendo por causa da tristeza de sua alma. Não é exatamente assim que acontece conosco?

Se você já sofreu ou sofre com estresse, depressão, ansiedade, fobias, pânico ou qualquer outro transtorno emocional, sabe, exatamente, sobre o que este salmista estava falando.

É quando as emoções começam a procurar um órgão de choque como que para descarregar a sua dor. E aí surge uma série de sintomas físicos que o médico não consegue identificar a causa real, por mais exames que sejam feitos, e que, de fato, são fruto do que está acontecendo na alma da gente. Ou como diz em Provérbios: “O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima” e, mais adiante, “o coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos”.

No meio de tudo isto, porém, surge uma luz na escuridão. Mesmo sentindo tudo aquilo, ele ainda sabe que há um Deus a quem clamar: “Misericórdia”.

Mesmo sem sentir Sua presença ou ver qualquer evidência de que Ele estivesse presente ou agindo em sua vida, ele continua falando com Deus. E o que ele pede a este Deus é misericórdia.

Ele apela ao Deus que tem coração para a nossa miséria. O Deus que se compadece da nossa dor. O Deus que sofre com o nosso sofrimento.

E é aí que eu encontro neste Salmo 31, palavras carregadas de uma beleza enorme, quando ele diz, no meio de toda a sua angústia, que vai se alegrar por causa do amor de Deus por ele e porque “viste a minha aflição e conheceste a angústia da minha alma”.

Saber que Deus me ama, gosta de mim, se interessa, se importa, sofre comigo, vê a minha aflição, e que Ele, realmente, conhece a angústia da minha alma, é algo que pode trazer consolo no meio da minha dor.

É neste Deus que você crê?

Porque este é o único Deus que a Bíblia realmente apresenta. O Deus que se revelou em Jesus e que se entregou em uma cruz por amor a cada um de nós. O Deus que estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

O Deus que se fez homem e se tornou semelhante a todos nós. O Deus que se identificou com a nossa fragilidade, pequenez e sofrimento. O Deus que lidou com todas as pressões, seduções e opressões deste mundo em que vivemos. O Deus que pisou o nosso chão e que se deixou ferir pelos cardos e espinhos desta vida. O Deus que suportou a injustiça, a arrogância e a violência dos homens. O Deus que se deixou pendurar em uma cruz, sangrando, com sede, abandonado pelos seus amigos e zombado pelos seus perseguidores.

Este Deus “cego de amor”, como escreveu um autor, é o único que Jesus revelou.

E este é o Deus que socorreu o salmista em sua dor. O Deus que o resgatou de continuar refém de sua própria angústia e lhe deu segurança e liberdade.

Aqui eu aprendo a quem clamar quando eu também estiver me sentindo desta forma.

Não é uma religião, um movimento, uma instituição ou uma crença. É um relacionamento com uma Pessoa. É conhecer e ser conhecido por Alguém. É ser encontrado e encontrar Aquele que nos amou primeiro. É ser amado e amar o Deus que se revelou em Jesus. É um caminhar no chão da vida, lado a lado, com quem viu a nossa aflição e conheceu a angústia da nossa alma. É simplesmente isto.

Que você e eu possamos conhecer este Deus na face de Jesus.

Pense nisto.

Paulo Cardoso

Ouça nosso programa “Encontro com a Vida” todos os domingos pela rádio 93 FM (RJ), às 21:30 horas ou online, no dia e horário citados pelo site www.radio93.com.br (clique aqui).

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É assim que Deus nos ama!

agradecer-2Há pessoas que questionam a nossa fé por causa das nossas circunstâncias, problemas e adversidades. Elas pensam que crer em Deus é uma espécie de seguro com cobertura total contra as dores e dificuldades da vida. Elas escolheram ter uma crendice e não uma fé.

E como os religiosos do tempo de Jesus passavam debaixo da cruz e falavam suas tolices, eles olham para nossas vidas e dizem: “Se Deus ama você, que o livre agora!”

Mas só mesmo alguém que nunca contemplou o Deus feito homem ensangüentado na cruz pode falar algo assim. Só mesmo quem nunca conheceu a graça de Jesus pode acreditar numa coisa tão mesquinha quanto esta.

Deus provou Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8). Ele não esperou que nós acertássemos a nossa vida primeiro, não esperou uma promessa de mudança de comportamento, não esperou, absolutamente, nada! Ele se entregou! Como escreveu o autor Max Lucado: Ele escolheu os cravos! Abraçou a cruz!

E o mais incrível é que não há sacrifícios que Ele nos peça em troca; porque o Sacrifício dos sacrifícios foi Ele mesmo quem ofereceu: sua própria vida entregue na cruz.

Não há trocas a serem feitas, porque a grande troca já foi feita: Deus fez Jesus pecado por nós, para que nele sejamos feitos justiça de Deus (2 Coríntios 5:21). A dívida que tínhamos e que constava de ordenanças que havíamos quebrado, já foi cancelada de uma vez por todas (Colossenses 2:14).

Do alto da cruz, em meio a gemidos, dor, suor e sangue, Jesus bradou: “Está consumado”! Está feito! Está pago!

Nenhuma circunstância da vida, nenhuma ação do adversário, nenhuma palavra falada contra nós, nenhuma prisão, enfermidade, dificuldade financeira ou calamidade podem nos separar deste amor invencível de Deus. Seu amor é maior que todas as nossas fraquezas, deslizes, quedas, dúvidas, conflitos, doenças, medos, angústias, culpas ou crises.

Eu sei que não é isso que muitos pensam, mas é isso que Jesus mostrou do alto daquela cruz. Um amor avassalador e além de toda e qualquer compreensão, um amor além de todas as coisas que qualquer ser humano jamais tenha presenciado ou provado, um amor absolutamente incontrolável e invencível.

A cruz é a prova final e total de que Deus me ama. A cruz é a prova que nada, absolutamente nada, pode me separar de Seu amor. A cruz é o fim de toda a inimizade.

Deus estava em Cristo, reconciliando consigo os homens, não lhes atribuindo os seus pecados e nos confiou a palavra da reconciliação (2 Coríntios 5:19).

Talvez, alguns de nós tenhamos medo de sermos tão amados assim. Porque como vamos retribuir a isso? E se nós falharmos? E se não pudermos corresponder a tão grande amor? É difícil administrar isso.

Para nós é muito mais fácil ter que merecer, poder pagar, ter como calcular créditos e débitos na nossa “continha” com Deus.

Nós não queremos dever nada a ninguém. Nós queremos merecer tudo. Nós queremos “justiça”. Mas um amor como o dele desmonta todos os meus esquemas, simplesmente, porque eu não tenho como merecê-lo, conquistá-lo, retribuir na mesma medida ou pagar por ele. É grande demais, incondicional demais. É, completamente, incontrolável e incomparável. Não existe nada neste mundo que possa ser comparado ao amor de Deus que foi demonstrado por Jesus entregando a Sua vida em seu e em meu lugar.

Mas é assim que Deus nos ama.

Ele ama os ingratos, os imperfeitos, os maus, os quebrados, os doentes, os pobres, os aflitos, os quebrados, os infelizes e aqueles que todos odeiam. Ele ama os que não tem nenhuma chance de retribuir este amor.

O amor de Deus é o amor que vai me buscar no mais alto céu ou no mais profundo abismo. Um amor que me ama em meio a todas as minhas lutas, angústias, depressões, medos, crises e fracassos. E é esse amor que me cura, é esse amor que me restaura, é esse amor que me perdoa, é esse amor que me dá esperança: o amor de Deus.

É este amor que nos chama a ir a Jesus e a segui-Lo todos os dias de minha vida e por toda a eternidade. É este amor que nos convida a nos arrependermos, mudarmos de mente e crermos em Jesus. É este amor que nos consola em nossa angústia. É este amor que nos segura pela mão. É este amor que ouve o clamor mais profundo do nosso coração.

Não importa quem você é, nem onde você está: é assim que Deus te ama!

Pense sobre isto.

Paulo Cardoso

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Na angústia nasce o irmão!

Pense que você pode escolher seus amigos, mas não pode escolher seus irmãos biológicos. Eles são seus irmãos, simplesmente, porque nasceram dos seus pais. Mas Jesus escolheu nos tornar Seus irmãos, se entregando por nós na cruz! Quando nós estávamos completamente perdidos, na pior de todas as angústias, Ele deu Sua vida por nós!

Ouça a mensagem, pense sobre ela e compartilhe-a com alguém, se desejar.

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Nosso misericordioso sumo-sacerdote

Na Bíblia, o sumo sacerdote era um homem descendente da tribo de Levi, uma das doze que formavam o povo de Israel, que se dedicava, exclusivamente, a servir representando o seu povo diante de Deus. Ele fazia isto, intercedendo a Deus pelo povo e oferecendo os sacrifícios que eles traziam pelos seus pecados. E porque ele era tão humano, imperfeito e falho como as pessoas que representava, ele podia se compadecer delas. O que mostra isto, claramente, é que ele tinha que oferecer; primeiro, um sacrifício pelos seus próprios pecados e depois pelo povo. Mas é aí que a carta aos Hebreus vem e diz que o nosso Grande Sacerdote, na verdade, é Jesus!

Ouça esta mensagem, pense sobre ela e compartilhe-a com mais alguém.

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O escândalo da Cruz

Paulo, o apóstolo, está dizendo que há um escândalo na Cruz de Jesus: uma verdadeira ofensa.

Você já parou para pensar sobre o que isto quer dizer?

Como pode a Cruz ser uma ofensa para as pessoas e por que é tão difícil aceitar a simplicidade da mensagem que ela traz? Será que isto faz alguma diferença em minha e em sua vida?

Esta é uma mensagem simples que fala sobre o verdadeiro significado do Evangelho de Jesus. Será que nós realmente o conhecemos?

Convido você a ouvir a mensagem, pensar e orar sobre ela, e, se quiser, compartilhá-la com mais alguém.

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Não confunda Deus com uma religião

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Através dos tempos, falar sobre Deus sempre foi associado à idéia de falar sobre uma religião.

Algumas pessoas, inclusive, evitam tocar em tal assunto, sob a máxima de que “religião e gosto não se discutem”.

É aí que muita gente não consegue pensar em Deus sem separar este pensamento do de tornar-se mais um religioso como tantos que existem em todo o mundo.

Para alguns isto é absolutamente apavorante. Para eles, a sensação é a de estar sendo colocado em uma camisa de força, onde depois de cometer um “suicídio intelectual”; a pessoa será levada a uma série de comportamentos estranhos e adoecidos. Mas, o fato é que o chamado de Deus nunca foi a de que nos tornássemos religiosos.

É claro que a existência da religião e de todas as formas de culto, nas mais diferentes civilizações, povos e culturas demonstra o quanto há no coração humano a idéia da eternidade e uma sede pela espiritualidade. Desde as culturas mais primitivas até as mais avançadas, a idéia de que há uma divindade e a busca por um contato com ela estão sempre presentes.

A ideia que a maioria das pessoas tem é que a Bíblia seria mais um livro religioso que nos traria uma série de normas, regras e preceitos através das quais poderíamos nos chegar a Deus. Mas, isto não é verdade.

A Bíblia toda gira em torno de uma única pessoa: Jesus Cristo.

Tudo que acontece antes dele é preparando a Sua vinda e tudo que acontece depois dele é resultado de Sua vinda.

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação; nele habita, em um corpo, toda a plenitude da divindade. Ele é a exata expressão do Ser de Deus. Tudo foi criado por Ele e para Ele e nele tudo subsiste. Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas.

Daí que a proposta do Evangelho nada mais é que conheçamos a Deus como único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem Ele enviou.

A proposta é que o conheçamos e que tenhamos vida, crendo em Seu nome.

O Evangelho não é o homem se esforçando e fazendo “por merecer” para chegar a Deus, mas é Deus vindo, na Pessoa de Jesus, buscar o homem que estava perdido.

Então, não é uma religião; mas é comunhão, um relacionamento. Não é termos uma série de dogmas, regras, ritos, tradições e normas para seguirmos; mas um relacionamento pessoal e diário com a Pessoa de Deus, unicamente, através de Jesus Cristo e do que Ele fez na Cruz em nosso lugar.

A Palavra de Deus ensina que há um só Deus e um só mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo, homem. A Bíblia diz que não há salvação em nenhum outro, porque nenhum outro nome foi dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus afirmou que Ele é o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vem ao Pai, senão por Ele.

Nenhuma igreja é, nunca foi e jamais será mediadora entre Deus e o homem! Pastor, sacerdote, mentor ou líder espiritual nenhum é! Instituição nenhuma é! Religião nenhuma é! Movimento nenhum é! O único intermediário entre Deus e o homem é Jesus Cristo!

Ouço pessoas dizendo que aquilo que o mundo mais precisa é de religião; mas, não consigo concordar. Porque o mundo está cheio de religiões e mesmo assim está “descendo ladeira abaixo”. Outros, dizem que aquilo que o mundo mais precisa é de mais educação. Também não consigo concordar, porque algumas das pessoas mais soberbas, altivas, arrogantes e difíceis de convivência que conheci têm muitos títulos acadêmicos. Na verdade, o que as pessoas precisam mesmo é conhecer e ter um relacionamento honesto, simples e sincero com Jesus!

Pense que Jesus é o próprio Deus que se fez homem e habitou entre nós.

Jesus é Deus que se vestiu de carne e sangue por amor a nós. Ele é Deus que desceu de Sua glória eterna, se humilhou, se auto-empobreceu, se esvaziou, para que, por sua pobreza, nos enriquecesse; não com uma riqueza material, terrena, corruptível e passageira, mas com a maior de todas as riquezas: um relacionamento pessoal com o nosso Criador, o Autor da nossa vida.

Será que podemos entender que Deus não é propriedade de grupo algum? Ele não é marca registrada de organização alguma, não pertence à nenhuma instituição ou movimento. Ele é Deus! O Autor da vida! O Sustentador de todas as coisas! O único que é, sempre foi e sempre será, porque tudo mais veio a ser. E como Deus, Ele é livre! Ele se revela a quem quer, quando quer, como quer, onde quer e não precisa da permissão de quem quer que seja.

Quando nós olhamos os registros históricos, ficamos perplexos, como quantas vezes, em nome da fé, pessoas fizeram mal ao seu semelhante. Quantas vezes, em nome de Jesus de Nazaré, pessoas maltrataram e dominaram o próximo. Mas, será que foi isto que Jesus fez ou nos mandou fazer? É claro que não! Até mesmo a leitura mais superficial dos Evangelhos nos mostra que o mandamento de Jesus sempre foi o amor. Ele curou e libertou as pessoas. Ele tocou aqueles que a religião de seu tempo considerava como imundos. Ele comeu com publicanos e pecadores, dizendo que os sadios não precisam de médico e sim os doentes. Ele ensinou o perdão, a graça, a misericórdia, a compaixão, o respeito e a valorização da vida.

Li certa vez que Gandhi disse que cria no Cristo dos Evangelhos; mas não no Cristo dos cristãos. Provavelmente porque muitos “cristãos” do seu tempo distorciam a mensagem de Jesus através de suas atitudes de superioridade, arrogância, egoísmo e desumanidade. Como alguém poderia entender que alguém que fala e diz agir em nome de Jesus e afirma amar a Deus e ao próximo possa aceitar que seres humanos fossem divididos em castas e tratados sem qualquer dignidade e humanidade? Jamais Jesus fez isto.

É por isto que eu preciso entender que nem todo mundo que fala em nome de Deus, realmente tem um relacionamento verdadeiro com Ele. Uma coisa é o que muitas pessoas pensam que Jesus ensinou e outra, é o que Ele realmente viveu e ensinou. E isto você só conhece quando lê os Evangelhos com um coração honesto, simples e sincero.

Na verdade, embora haja quatro registros da vida de Jesus, conhecidos como os quatro evangelhos, só existe um Evangelho! E este Evangelho é a boa notícia de que Deus enviou Jesus para nos levar de volta para Ele! Nós, que estávamos completamente cegos, perdidos e mortos espiritualmente, recebemos vida através de Jesus!

Eu sei que há gente usando o nome de Jesus, apenas, para promover seus projetos e desejos pessoais. Eu sei que há gente adoecendo outras pessoas com o modo doente como vive e anuncia a sua “fé”. Eu sei que há gente que sofreu em nome de fazer o que alguém lhe disse que era “a vontade de Deus”. Mas, por favor, posso dizer que Deus não tem absolutamente nada haver com isto?

Talvez você pense que todos que falam de Deus são iguais. Talvez você teve alguma experiência extremamente negativa no passado que provoca em seu interior uma verdadeira repulsa a tudo que fala de Deus, Jesus ou Evangelho.

Mas, pare e pense. Isto é razoável? É sensato? Você faria isto com alguma outra realidade da vida?

Deus não foi o culpado do que fizeram a você, em nome dele. O ser humano é livre para fazer suas próprias escolhas e tomar suas próprias decisões. Se ele é adoecido no modo como percebe a vida, isso acabará afetando, negativamente, o modo como ele vive sua fé. Mas, não é por isto que Deus é o culpado. Ele não é como esta pessoa adoecida; Ele não pensa como ela e não autentica os seus atos.

Separe Deus das pessoas que falam em Seu nome! Pessoas erram e erram muito; Deus não! Quando pensar em Deus, olhe para Jesus!

Deus é Amor! Amor que vai além de todo o entendimento! Esta é a sua essência! Se você duvida, olhe para a Cruz de Jesus! Ali Deus provou o Seu amor para conosco!

Deus ama você! Ele ama você, não porque você é agradável, amigável, inteligente, porque tem algo a oferecer a Ele, pode ser útil aos Seus planos ou porque sempre fez tudo certo e o agradou com seu modo de viver. Não!

A Bíblia ensina que Deus nos amou primeiro. Ele nos amou quando nós nem ainda existíamos. Ele nos amou sem que nós o buscássemos ou pensássemos nele. Ele, simplesmente, nos amou!

Jesus disse que não veio chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento. Como escrevi antes, Jesus disse que os sadios não precisam de médico, e, sim, os doentes.

Daí que Deus ama você, simplesmente, porque você existe, porque Ele criou você! E Ele amou você, de tal maneira, que deu o Seu Filho, para que você, crendo nele, não pereça, mas tenha a vida eterna.

Foi por isto que Jesus veio e deu Sua vida na cruz. Ninguém o colocou lá. Ele mesmo entregou a Sua vida.

Ele não precisava estar lá; Ele escolheu estar lá. E Ele se ofereceu como sacrifício pelos nossos pecados. Ele foi ferido pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniqüidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e por Suas pisaduras, fomos sarados.

Jesus não era um mártir, muito menos uma vítima. Ele veio para entregar Sua vida naquela Cruz porque éramos nós quem devíamos estar lá. Os pecados que Ele levou eram os seus e os meus. Ele morreu em nosso lugar. A Cruz foi uma substituição. Ele foi punido por nossos pecados e nos deu a Sua justiça. E Ele transformou aquela Cruz em seu podium de vitória, porque venceu a morte e ressuscitou dentre os mortos! Ele está vivo e é o Senhor absoluto da vida, da História e de todas as realidades e poderes visíveis e invisíveis!

Apenas entenda que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo. Ele não veio para condenar você, porque todos nós já estávamos condenados; mas, para perdoá-lo pagando a sua e a minha dívida na cruz!

E quando você e eu cremos nisto, nos arrependemos e abrimos o coração para recebê-lo em nossa vida, algo maravilhoso acontece conosco: nós nascemos de Deus. Uma vida nova nasce dentro de nós. Nós passamos a desfrutar de uma comunhão e relacionamento com Ele, não baseado em nossas obras, desempenho e justiças, mas, com base naquilo que Jesus consumou na cruz em nosso lugar.

A religiosidade pode até enfeiar a vida de algumas pessoas; mas um relacionamento com Jesus as liberta de dentro para fora. Jesus disse: E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou.

Que tal você colocar de lado os seus preconceitos, raivas e amarguras e dar a si mesmo a chance de conhecer o extraordinário amor de Deus? Não, conhecer uma nova religião, visão, grupo, doutrina, filosofia, modismo ou movimento; mas conhecer a Pessoa de Jesus Cristo.

Você está tendo um relacionamento com a Pessoa de Jesus? Diga para Ele que você deseja isto. Faça isto agora com as suas próprias palavras onde quer que você esteja. Ele está ouvindo você.

Leia os Evangelhos e deixe que a vida e as palavras de Jesus se façam vida dentro de você.

Ele morreu para você viver em comunhão com Ele. Ele ressuscitou dentre os mortos. Ele é o Senhor e você precisa fazer algo sobre isto. O que você vai fazer?

Minha oração é que a Palavra de Deus faça nascer em sua vida uma verdadeira fome e sede por Sua presença e amor.

Não confunda Deus com religião.

Paulo Cardoso

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Escolhidos

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Antes que houvesse terra, mar, sol, lua ou estrelas, Deus nos escolheu em Seu Filho, Jesus Cristo.

Isto é muito mais do que ser escolhido desde o útero de sua mãe: é ser escolhido antes da criação do mundo!

Daí que eu realmente não preciso viver lutando para ser escolhido por quem quer que seja, porque eu já fui escolhido por Aquele que me fez.

Eu não preciso viver tentando provar o meu valor para Deus, para os outros e nem para mim mesmo, porque Deus já me escolheu.

Eu sei que nós nem mesmo pensamos sobre isto, mas esta é a verdade que o Evangelho nos ensina. O próprio Jesus disse: “não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós”.

Agora, a Bíblia vai além, porque ela nos ensina que Deus nos escolheu com a finalidade de “sermos santos e irrepreensíveis diante dele”.

E o que quer dizer ser santo e irrepreensível? Em poucas palavras, é ser como Jesus! Andar como Ele andou; amar como Ele amou; agir como Ele agiu; fazer a vontade do Pai Celestial como Ele fez, ser misericordioso, justo, humilde, piedoso, bondoso, compassivo, solidário, generoso, verdadeiro e puro de coração como Ele foi e é.

Mas, como nós, gente tão imperfeita, quebrada, contraditória, doente e falha, podemos ser como Jesus?

É aí que lendo as páginas do Novo Testamento, eu encontro expressões como: “para que Cristo habite pela fé em vossos corações”, ou, “não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim”, e, “Cristo em vós, a esperança da glória”, ou, ainda, “posso todas as coisas naquele (em Cristo) que me fortalece” e eu aprendo que a minha única chance de ser como Jesus, é se Ele mesmo viver a Sua vida em mim.

Ele é a Videira e eu sou apenas um ramo dela. Sem Ele, eu nada posso fazer.

Então, não sou eu, na minha força, tentando ser como Jesus; mas é Ele, habitando em meu coração e vivendo a Sua vida em mim. O Evangelho fala de Cristo em nós.

O que eu faço é cooperar com a graça dele que opera dentro de mim e permanecer nele, deixando Suas palavras permanecerem em mim e me relacionando com Ele, um dia após o outro, na confiança de que Ele mesmo é capaz de fazer em mim aquilo que prometeu.

João escreveu em sua carta: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como Ele é o veremos. E todo aquele que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro”.

Pense que não fomos nós que amamos a Deus; mas foi Ele que nos amou! E tudo que Ele fez e faz por e em nós é porque nos ama e porque Cristo deu a Sua vida na cruz em nosso lugar. Este é o Evangelho.

Nós somos filhos de Deus por meio de Jesus Cristo, como está escrito no Evangelho de João: “porque a todos que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu nome”.

Daí que se você se sente rejeitado, sem valor, desprezada e esquecida, não se esqueça de que nós fomos escolhidos pelo nosso Criador, em Jesus Cristo, antes da própria fundação do mundo para sermos dele e como Ele.

Antes de qualquer estrela brilhar nos céus, Deus, o Autor da Vida, nos amou e incluiu em Seu plano. Nós pertencemos a Ele.

Ele escolheu você. Você já o recebeu e confiou sua vida a Cristo?

Pense nisto.

Paulo Cardoso

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O único modo de sobreviver!

Na hora da dor, angústia e aflição, há verdades que jamais mudam, que eu preciso conhecer e ter bem firmadas dentro de mim. Na verdade, conhecê-las e crer nelas é o único modo de sobreviver em momentos difíceis.

Esta mensagem fala sobre algumas destas verdades que Deus nos apresenta em Sua Palavra, a Bíblia. Ouça, busque-as na Bíblia, pense, ore sobre elas e compartilhe com mais alguém. Que Deus, em Sua graça extraordinária, use esta mensagem simples para falar ao seu coração.

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A única resposta ao sofrimento!

O Cristo crucificado chamou para Si todas as nossas iniqüidades, pecados, mazelas, egoísmos e injustiças. Ele chamou para Si todas as nossas doenças, dores e traumas físicos e emocionais. Ele chamou para Si todos os gritos entalados em nossa garganta, todas as perguntas para as quais nós nunca tivemos respostas, todas as agressões que nós sofremos e que parecem nunca terem sido punidas, todas as lágrimas que nós nunca pudemos chorar diante das pessoas. É assim que a Bíblia me fala da cruz!

O Deus da cruz não é um Ser insensível, que fica sentado, passivo, no Seu trono de glória, assistindo a desgraça e o sofrimento humanos; Ele é o Deus que sofre e chora conosco e por nós! Ouça esta mensagem e se quiser compartilhe com mais alguém.

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Você conhece Jesus?

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Paulo, o apóstolo, escreveu que ainda que ele tivesse conhecido a Cristo segundo a carne, agora ele não mais o conhecia deste modo. Em outras palavras, agora, ele conhecia a Cristo em seu coração, em seu espírito, em sua consciência e no mais íntimo do seu ser.

Pense que nenhum de nós conheceu a Cristo segundo a carne, simplesmente, porque nós não o vimos andando entre os homens quando Ele aqui esteve. Nós não o ouvimos pregando, ensinando e falando como nunca alguém tinha falado. Nós não o vimos enquanto curava os enfermos, fazia milagres e libertava multidões de pessoas. Mas, ainda assim, a Bíblia nos ensina que há um modo como nós podemos conhecê-lo hoje que é maior do que aquele que as pessoas do Seu tempo tiveram.

Pense sobre isto.

Jesus disse que ele seria crucificado, ressuscitaria dentre os mortos e voltaria para junto de Seu Pai, mas que enviaria o Espírito Santo que estaria para sempre conosco. Mais que isto, Jesus disse que o Espírito Santo o glorificaria em nossas vidas.

O Espírito Santo, que é Deus, seria o nosso Ajudador, Consolador, Aquele que estaria ao nosso lado, nos guiaria em toda verdade, nos ensinaria todas as coisas, habitaria em nós, nos anunciaria as coisas que ainda estariam por vir e testemunharia de Cristo em nós.

Em outras palavras, é o Espírito Santo quem nos revela e nos faz conhecer a Cristo no mais íntimo do nosso ser, porque Ele veio para glorificá-lo e testemunhar dele.

Sendo assim, você conhece a Cristo?

Eu sei que multidões e multidões conhecem o cristianismo, os cristãos, as igrejas, as doutrinas, as pregações, os hinos, as músicas e muitas outras coisas; mas, a questão é: você e eu conhecemos a Cristo?

Cristo habita pela fé em nossos corações? Cristo vive em nós? Cristo em nós é a nossa esperança da glória? Nós estamos em Cristo? Suas palavras estão em nós? Nós estamos conhecendo o amor de Cristo que vai muito além de todo o entendimento?

Pense que breve Cristo vai voltar e nós o veremos como Ele é. Estaremos face a face com Ele. Mas, hoje, nós podemos conhecê-lo na intimidade do nosso ser pela fé.

O que eu preciso compreender é que não basta só conhecer a história de Jesus, é preciso que Ele viva em nós. Não basta só conhecer pessoas que falam em Seu nome, é preciso que Ele mesmo habite em nossos corações pela fé. Não basta estar na igreja, é preciso estar em Cristo. Não basta levantar as mãos, aplaudir, cantar, fazer orações e conhecer os textos da Bíblia, é preciso que Cristo em nós seja a nossa esperança. Os olhos do nosso coração precisam estar nele. Ele precisa ser o Autor e o Consumador da nossa fé. E é aí que está toda a diferença.

Você conhece a Jesus?

Não basta que seus pais o conheçam; que seus parentes o conheçam; que seus amigos o conheçam; é você quem precisa conhecê-lo e esta é uma questão de vida eterna ou morte eterna.

Como nós podemos conhecê-lo?

Pela fé.

E fé é quando eu abro mão do meu orgulho, independência, argumentos e justiça própria e coloco toda a minha confiança nele e apenas nele para me levar a Deus. É quando eu olho com o coração para Ele e vejo que, na cruz, Ele carregou todos os meus pecados e recebeu todo o juízo que era destinado para mim. Eu creio que “o juízo que nos traz a paz estava sobre Ele”. É quando eu tiro os olhos de mim mesmo e os coloco nele e apenas nele para me lavar, perdoar e justificar diante de Deus.

Eu canso de fugir e lutar contra Ele e me rendo. Eu paro de resistir a Ele e me entrego. Eu desisto de fazer o meu próprio caminho e de querer bancar a minha própria vida e me confio a ele. Eu abro mão de querer ser o “capitão do meu destino” e peço a graça e a misericórdia dele sobre a minha vida.

Eu coloco toda a minha dependência e esperança nele e em nada e ninguém mais. Ele é o meu único Salvador, Deus, Senhor, Caminho, Verdade e Vida.

É aí que o Espírito Santo vem e faz morada dentro de nós. Ele vem e passa a nos revelar quem é Jesus. Ele vem e passa a nos ensinar e guiar na verdade que é Jesus. Ele vem e abre o nosso entendimento para compreendermos as palavras de Jesus. Ele vem e testemunha de Jesus dentro de nós. Ele vem e dá testemunho dentro de nós que somos filhos de Deus. Ele vem e passa a glorificar a Jesus em nossa vida. Ele vem e se faz o nosso Ajudador e Consolador, como Jesus disse que Ele seria.

Agora, isto não é algo que acontece em um só dia. Ninguém pode dizer que já conhece a Jesus plenamente. Absolutamente ninguém.

É claro que há um início, há um primeiro momento, mas conhecê-lo é algo que precisa crescer dentro de nós, um dia após o outro. Pense que Jesus é tão incrível, glorioso, maravilhoso, extraordinário e infinito que conhecê-lo vai levar toda a eternidade. É aí que Pedro, o apóstolo, nos chama a “crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.

Quando nós falhamos, erramos e pecamos, sabemos que “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Podemos nos arrepender, pedir perdão e voltar a caminhar, porque “temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas, ainda, pelos do mundo inteiro”.

Minha oração é que você e eu possamos conhecer a Jesus no mais íntimo do nosso ser, e, conhecendo-o, fazê-lo conhecido a outras pessoas. Minha oração é que não só conheçamos sobre Jesus, mas que conheçamos a Jesus.

Pense nisto.

Paulo Cardoso

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Graça Maravilhosa!

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Há alguns anos atrás preguei uma mensagem que chamei de “Graça Maravilhosa”.

Na verdade, o tema que usei é o nome de um hino muito conhecido, escrito no século 18, por um pastor chamado John Newton, um ex-mercador de escravos convertido ao Evangelho de Jesus. O hino que se chama “Amazing Grace” se tornou em inspiração na luta pelo fim do comércio de escravos no Reino Unido.

O hino diz: “Graça maravilhosa, quão doce o som, que salvou um miserável como eu. Eu estava perdido, mas fui achado, era cego, mas agora, vejo. Foi a graça que me ensinou a temer e foi a graça que levou embora os meus medos. Quão preciosa pareceu-me a graça, na hora em que, pela primeira vez, eu cri. Através de muitos perigos, tempestades e ameaças, eu já atravessei. Esta graça me trouxe seguro todo este tempo e esta graça me conduzirá para o lar”.

Com toda a sinceridade, para mim, esta é uma das realidades mais negligenciadas e esquecidas nas pregações e canções dos nossos dias. Comentei, até mesmo, na mensagem mencionada, que quando examinamos os hinários antigos, encontramos muitos hinos que falam da cruz de Jesus e da graça extraordinária de Deus e como isto parece estar em falta em nossos dias.

Porque por mais que diversas pessoas que falam de Deus usem a palavra “graça”; na grande maioria das vezes, elas não estão falando da mesma Graça que o Evangelho de Jesus nos revela. Pelo menos, não como o Evangelho a apresenta. Porque, como Paulo escreveu aos romanos, “se é pela graça já não é pelas obras, do contrário a graça não é graça”.

É aí que enquanto não descansamos das nossas próprias obras como Deus descansou das suas, quando terminou a Sua Criação, ainda não compreendemos a graça de Deus revelada em Jesus. Descansar das nossas obras fala de confiar apenas em Cristo e no que Ele consumou por nós na cruz e não em nossas justiças, merecimentos, conquistas ou realizações. É crer que como Jesus bradou do alto da cruz: “está consumado”! E isso não apenas no momento da nossa conversão a Cristo, mas por toda a nossa caminhada de vida.

Nós não só somos salvos pela graça, de graça, única, exclusiva e totalmente pelo que Jesus realizou e consumou na cruz em nosso lugar; como nós, também, somos aperfeiçoados, santificados, transformados e permanecemos na fé, única e tão somente, pela mesma graça maravilhosa de Deus!

Na verdade, tudo que somos e recebemos de Deus é por Sua graça dada a nós.

É aí que cessa todo o orgulho humano. É aí que terminam as vaidades humanas. É aí que não existem mais ostentações. É aí que param os juízos humanos. É aí que acabam as performances e os desempenhos de espiritualidade para os outros verem ou para provarmos “para Deus” ou para nós mesmos que somos santificados o bastante. É aí que acabam as competições de quem é o mais abençoado, o mais usado, a mais consagrada ou o mais fervoroso.

Nós não queremos mais chamar a atenção para nós mesmos ou fazer trocas com Deus, mas estamos apenas seguindo a Jesus, porque tudo é fruto de Sua bondade, amor, misericórdia e graça em nossas vidas. Somos todos vasos de barro com pés de argila, ou como dizia George Whitefield: “mendigos dizendo a outros mendigos onde encontramos pão”.

Crer na graça de Jesus nos despoja de todas as nossas pretensões e nos deixa despidos de toda e qualquer imagem de espiritualidade. Somos quem somos e Deus nos ama. Ele é quem vai nos transformar e aperfeiçoar, ensinar e corrigir, fortalecer e amadurecer através de Sua graça e amor.

Crer na graça de Jesus pacifica o nosso ser. O discurso da religião sem amor e do culto da culpa não nos amedronta ou atormenta mais. Fomos conquistados pelo amor de Deus. Cristo deu Sua vida por nós. Ele se entregou na Cruz para que nós possamos viver.

Crer na graça de Jesus nos faz agir por pura gratidão, consciência, devoção e amor.

É totalmente diferente, porque nós somos constrangidos pelo amor de Jesus. É uma consciência que surge em nós e que gera generosidade, misericórdia, ações de graças, humanidade, solidariedade e compaixão.

E ao contrário do que alguns pensam, dizendo que “a graça não é grátis, mas custa caro”; na verdade, a graça não custa nada para quem a recebe, mas custou tudo para quem a oferece a nós: Jesus, nosso amado Salvador.

Crer nisto muda nossa visão. Muda até mesmo o modo como lemos as Escrituras. Mais do que isto, muda o modo como vemos as pessoas; os nossos valores na vida; a nossa busca; o que nos fascina; o que nos entusiasma e o que nos assombra.

Não é do dia para a noite, mas algo que vai crescendo dentro de nós. Como escreveu Paulo, nós somos transformados pela renovação do nosso entendimento.

Minha oração é que você e eu possamos experimentar a graça de Jesus em nossas vidas e sermos tão tomados pela consciência deste favor imerecido e amor incondicional que as coisas comecem a mudar dentro de nós: no nosso entendimento, modo de ver as coisas, a vida, as pessoas e o Evangelho.

Deus nos ajude.

Paulo Cardoso

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Apenas como Ele!

caminhos

Basta ao discípulo ser como o seu Mestre e ao servo como o seu senhor. Estas foram palavras de Jesus àqueles que o seguiam.

Eu penso que o cristianismo, ao longo dos tempos, se tornou em algo tão complexo, diversificado e dividido que acabamos esquecendo a essência e a razão de tudo que é apenas seguir e ser como Jesus.

Isto me faz lembrar de quando Ele disse aos seus discípulos: “um só é o vosso Senhor e Mestre e todos vós sois irmãos”. Simples, não é?

Ou seja, Jesus não veio fundar uma nova religião, dar início a um movimento, propor uma filosofia, edificar um império ou criar uma grande organização. Jesus veio dar a Sua vida em resgate de muitos. Ele veio buscar e salvar quem estava perdido. Ele veio pagar a dívida dos nossos pecados e nos reconciliar com o Pai. Ele veio para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Ele veio revelar o Pai Celestial e nos reconciliar com Ele. Ele era o Bom Pastor procurando sua ovelha perdida.

Apenas isto e tudo isto.

Os ensinos de Jesus eram simples, Seu estilo de vida, mais ainda. Leia os Evangelhos e veja isto.

Ele pregava pelas praias, sentado nos campos e na casa das pessoas, andando por caminhos e estradas poeirentas da vida. Seus exemplos sempre eram figuras que todos em seu tempo conheciam: as aves do céu, os lírios do campo, o pastor de ovelhas, o semeador do campo, a mulher fazendo pão em casa, o filho que foi embora de casa e depois retornou, o pai que deu uma festa pelas bodas do filho, etc.

Jesus se cercava de pessoas comuns: adultos, idosos, jovens, crianças, ricos e pobres, cultos e incultos, religiosos e não religiosos. E quando eu presto atenção ao chamado que Ele fazia, o tempo todo sua mensagem era: “Siga-me”.

Pense que Jesus não fundou um clube, uma associação política ou uma agremiação cultural, mas chamou pessoas de todos os tipos a segui-lo.

Agora, seguir Jesus era seguir uma Pessoa. Segui-lo era caminhar com Ele por onde quer que Ele fosse. E era isso que os discípulos faziam.

Enquanto o seguiam, eles aprendiam dele e passavam a enxergar o que nunca tinham enxergado antes, a pensar como nunca tinham pensado antes, a desejar o que nunca tinham desejado antes, a dar valor ao que nunca tinha valorizado antes, a crer como nunca tinham crido antes e a agir como nunca tinham agido antes.

Seguir Jesus, segundo os Evangelhos, significava caminhar com Ele, aprender dele, depender dele, viver nele e com Ele. Não era ter uma religião ou uma crença, mas, sim, um relacionamento com uma pessoa.

Daí que o alvo de quem segue Jesus é andar com Ele. E andar com Ele, pouco a pouco, começa a ensinar quem o segue a ver a vida do modo como Ele a via; a lidar com as circunstâncias como Ele lidava com elas; tratar as pessoas como Ele as tratava; dar valor ao que Ele dava valor e amar como Ele amava. E tudo isto dependendo, completamente, dele, porque sem Ele nada podemos fazer.

Jesus disse: Venham a mim, todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Aprendam de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarão descanso para as suas almas. O meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Jesus não reuniu, ao redor de Si, uma estrutura, uma ideia, um movimento ou uma organização, mas uma comunhão de pessoas que, simplesmente, o seguiam na caminhada.

Leia de novo os Evangelhos e preste atenção se não é isto que acontece o tempo todo.

O que se vê é gente simples que está aprendendo, um dia de cada vez, a amar a Deus e a procurar o bem de outras pessoas; gente comum aprendendo com Jesus a ajudar o próximo a levar os seus fardos. São pessoas aprendendo com Ele a amar o Pai Celestial e ao próximo. Gente aprendendo a orar e pedir a Deus, não só por si mesmas, mas umas pelas outras. Em outras palavras, gente aprendendo com Jesus a viver uma vida que glorifica o Pai que está nos céus.

O que Ele cria ao redor de si é uma comunhão onde não se julga o outro pelo que ele ainda não é, mas se caminha junto com ele, dependendo da graça de Deus, para que todos sejam, individualmente, transformados na imagem dEle mesmo. O que existe é uma comunhão onde o que precisa imperar é a misericórdia, a compaixão, o respeito, a solidariedade, a liberdade, a bondade e a graça.

Todos nós passamos por lutas, enfrentamos tentações, atravessamos momentos difíceis, choramos, erramos, caímos, pecamos, temos fraquezas, limitações, dificuldades e ficamos cansados. Todos somos apenas humanos, mas o único objetivo de quem, realmente, entendeu e creu no Evangelho é seguir a Jesus.

O alvo é Jesus. A razão de tudo é Jesus. Foi Ele quem se entregou por nós na cruz e ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. Foi Ele quem pagou a nossa dívida para com Deus e nos deu o perdão. Foi Ele quem derramou o Seu sangue na cruz e nos comprou de volta para o nosso Deus e Pai. Foi Ele quem nos amou como ninguém jamais nos amou. Foi Ele quem desceu dos mais altos céus para dar sua vida, simplesmente por nos amar. Ele é quem está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Ele é quem virá nos buscar para que onde Ele estiver, nós estejamos também. Ė Ele e apenas Ele.

E isto é algo tão simples, espontâneo, natural, livre e singelo, que muitos ainda não compreenderam seu real significado.

Eu apenas estou seguindo Jesus junto com pessoas que Deus colocou em meu caminho, para de alguma forma caminharem comigo como amigos, irmãos, companheiros de jornada, gente que procura me ajudar e a quem eu procuro ajudar a levar as cargas da vida.

Somente Jesus é o Autor e o Consumador da nossa fé. Somente Ele é o Apóstolo e Sumo-Sacerdote da nossa confissão. Somente Ele é o Bom Pastor que deu a vida pelas suas ovelhas. Somente Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Em nenhum outro há salvação, porquanto debaixo do céu, nenhum outro nome foi dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem.

Deus nos devolva a simplicidade. O alvo é ser como Jesus. Apenas como Jesus.

Pense sobre isto.

Paulo Cardoso

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O último sacrifício!

A vida inteira a pessoa estava oferecendo sacrifícios. A vida inteira repetindo aquilo. A vida inteira debaixo de culpa e o sacrifício nunca tinha fim. Talvez alguém pensasse: “Quando haverá um sacrifício que seja perfeito o bastante para que nenhum outro seja preciso?”. Até que um dia alguém veio e ofereceu um sacrifício perfeito. Alguém veio, mas não trouxe um cordeiro, porque Ele mesmo era o Cordeiro de Deus e aquele foi o último sacrifício!

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Mas, e a mensagem?

caminhar

Foi Jesus quem perguntou certa vez: “de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma?”.

Eu sou de um tempo em que ser seguidor de Cristo não era nem um pouco popular. Por exemplo, eu estudei em uma escola que em meio a cerca de trezentos estudantes eu era o único que declarava abertamente seguir a Jesus.

Lembro que no meu primeiro dia de aula, em uma sala com quase cem alunos, o professor perguntou: “Tem algum crente aqui?” e eu fui o único que me apresentei. Lembro como todos olhavam para mim como se eu fosse um ser “de outro planeta”.

Mas, lembro também quando um de meus colegas foi pela primeira vez a um culto da igreja que eu frequentava, naquela época, e me disse que nunca havia visto nada igual em sua vida. E isto sem nenhuma banda famosa, grupos de dança, orações fortes, apelos emocionantes, declarações e atos “proféticos” ou pregadores performáticos.

A única realidade com a qual ele se encontrou foi a presença de Jesus através da pregação simples e genuína de Sua Palavra. E, naquele tempo, isto bastava.

Não é interessante que Jesus nunca buscou glória, fama, influência ou poder deste mundo? Não chama a nossa atenção como Ele nunca fez marketing ou propaganda de Si mesmo?

Não é impressionante como Jesus realmente não se importava em ser seguido por multidões, mas que o que interessava para Ele eram as pessoas? Será que não nos leva a pensar o fato que Jesus nunca traçou estratégias para o crescimento do Seu movimento, até porque uma leitura simples e honesta dos Evangelhos mostra claramente que Ele não estava criando nenhum?

Pense que Jesus nunca se apresentou como um movimento, Ele se apresentou como o Caminho, a Verdade e a Vida.

Jesus não estava criando um “colégio apostólico” ou uma organização, mas estava chamando gente de todo tipo e de toda parte a segui-Lo no chão da existência humana.

Quando Jesus falou sobre a vinda do reino de Deus, Ele foi absolutamente claro ao dizer que o “reino de Deus não vem com visível aparência e ninguém irá dizer: ‘Ei-lo aqui ou ali’, porque o reino de Deus está dentro de vós”. Quando o governador Pilatos perguntou a Jesus se Ele era rei, sua resposta foi clara e direta: “agora, o meu reino não é daqui”.

O problema é que na ânsia por crescimento numérico; na busca por poder espiritual sem um embasamento verdadeiro na vida e no ensino de Jesus; na euforia das grandes reuniões e eventos; nas divisões sem fim em nome de uma nova visão, mover e revelação “da parte de Deus”; no pensamento de que precisávamos ser mais “profissionais” naquilo que estávamos fazendo e por causa de um sentimento de que precisávamos ser aceitos e incluídos no meio da sociedade como um movimento relevante, nós podemos ter perdido o mais importante de tudo: a mensagem, o conteúdo e a essência.

Você já conheceu alguém que tem uma belíssima aparência, mas quase nenhum conteúdo interior? Gente que atrai pela sua beleza, talento, desenvoltura, bom humor, carisma, arte, apresentação, profissionalismo, cultura, capacidade de envolver as pessoas e emocioná-las, mas que, de fato, não tem um real conteúdo no que se refere às questões mais importantes da vida?

Agora pense que para quem se propõe a seguir a Jesus, mensagem, conteúdo e essência são simplesmente inegociáveis. E isto porque a mensagem, a essência e o conteúdo de tudo é Jesus. Tudo no Evangelho é sobre Ele.

Tudo existe por causa dele, por meio dele e para Ele. Dele é a supremacia, a primazia e nele habita toda a plenitude. Tudo fala dele, aponta para Ele e se cumpre completamente nele. Ele é a Cabeça, a razão, o propósito e o centro de todas as coisas. Jesus e somente Jesus.

Agora, é claro que nós estamos falando de Jesus e usando o Seu nome, mas, foi Ele mesmo quem disse que “nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus”. E é aí que eu preciso parar e refletir.

Jesus disse que nos últimos dias muitos viriam em Seu nome e enganariam a muitos. Ele disse que haveria muitos falsos Cristos e muitos falsos profetas. Ele disse que no último dia pessoas diriam que em Seu nome haviam expulsado demônios, profetizado e realizado milagres, mas que Ele mesmo nunca as havia conhecido, porque eram pessoas que praticavam a iniquidade.

Agora, será que pregar um “outro” evangelho que não o único que Jesus viveu e ensinou não seria iniquidade? Será que isto não é ser injusto com aqueles que precisam conhecer a Cristo?

Hoje eu vejo pessoas dizendo-se cristãs espalhadas por toda parte. Mas onde está o conteúdo do Evangelho da graça de Deus? Onde está a mensagem simples de Jesus? Onde está a essência? No que nós estamos crendo e o que é estamos realmente anunciando para as pessoas?

Será que olhando aquilo que nós estamos fazendo, em nome da fé, e ouvindo nossas canções e pregações, as pessoas podem realmente chegar a conhecer a genuína mensagem de Jesus?

Jesus nos chamou a segui-Lo, a andar após Ele, a sermos Seus discípulos, a tomarmos sobre nós o Seu jugo, o Seu ensino e aprendermos dele que é manso e humilde de coração, encontrando assim descanso para as nossas almas.

A questão, hoje, é que o foco não está sendo mais em Jesus Cristo, e, sim, na igreja-instituição-denominação, nas nossas reuniões, eventos, realizações, lideranças e estruturas.

É claro que quando somos de Cristo, nós estamos ligados a Ele e aos nossos irmãos e irmãs na fé, da mesma forma que os membros estão ligados ao corpo ou como os ramos à videira. A Bíblia descreve a Igreja como homens e mulheres que procedem de toda tribo, língua, povo e nação que foram comprados para o nosso Deus pelo sangue de Cristo na cruz.

É aí que nós precisamos nos reunir e não negligenciar o congregarmos com os nossos irmãos-amigos na fé, como é costume de alguns; mas o centro absoluto de tudo, a razão de tudo e o propósito de tudo é Cristo e não nós.

Infelizmente, o convite que mais está sendo feito hoje não é mais para irmos a Jesus, como era no passado, mas para comparecermos a reuniões. O atrativo não é mais a pessoa de Jesus Cristo, mas as pessoas que vão cantar, tocar ou pregar; não é mais ouvir o anúncio do Evangelho, mas os benefícios que as pessoas podem receber se vierem a uma reunião, ou, então, se participarem das atividades que estão ali sendo realizadas. As pessoas estão falando muito mais da igreja-instituição-denominação e de suas realizações do que de Cristo e de Sua obra consumada na Cruz em nosso lugar. Os testemunhos são muito mais as bênçãos materiais, sentimentais e profissionais que as pessoas receberam depois que conheceram aquela igreja-instituição-denominação, do que a diferença que Cristo fez e faz em suas vidas. Na maioria das vezes, o que Cristo realizou na cruz não é nem mesmo mencionado.

Você já parou para pensar nisto?

A falta de conteúdo do Evangelho em nossas vidas está assumindo proporções tão grandes que estamos sendo levados por toda sorte de outros ensinos que estão tomando o lugar da simples e genuína mensagem de Jesus que encontramos nas páginas dos Evangelhos.

Será que nós não estamos colocando de lado a centralidade e a supremacia de Cristo sobre todas as coisas? Será que não estamos esquecendo que Ele e somente Ele é a Cabeça do Corpo e que todas as coisas estão sujeitas a Ele? Será que esquecemos que Jesus mesmo é o nosso Sumo-Pastor, Apóstolo, Sumo-Sacerdote e Bispo das nossas almas como ensina a Bíblia? Será que esquecemos que há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem? Será que esquecemos que a obra que Cristo realizou e terminou na cruz foi perfeita, suficiente e eterna?

Estamos crescendo cada vez mais em número, realizando enormes ajuntamentos, sendo até mesmo reconhecidos na mídia e nos tornando profissionais no que fazemos, mas, a qual preço?

De que adianta ganhar o mundo inteiro, mas perder a nossa alma, a nossa sensibilidade, a nossa essência, a nossa simplicidade, a verdade em nosso íntimo, o nosso “assombro” diante da grandeza e majestade de Deus, a nossa capacidade de nos solidarizarmos com a dor do próximo, a nossa consciência, a pureza da mensagem do Evangelho e a confiança na graça, no amor e na absoluta suficiência da obra de Cristo na cruz?

Deus nos ajude a termos de volta a mensagem, a essência e o conteúdo: Cristo em nós é a esperança da glória.

Se você está me lendo, sem entender muita coisa, mas, de algum modo, chegou à conclusão de que nunca parou para realmente refletir sobre o quanto Deus o ama e como Ele se revelou a nós em Jesus Cristo, desejo convidá-lo que faça isto agora.

O Evangelho é extremamente simples: Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo e isto inclui você e eu. Deus colocou os nossos pecados que nos condenavam e separavam dele, não em nossa própria conta, como nós merecíamos que Ele fizesse; mas na conta de Jesus.

É aí que o que aconteceu na cruz foi que Cristo pagou a conta em nosso lugar. Nós estávamos justamente condenados diante de Deus, mas Cristo assumiu o nosso lugar. É aí que a nossa dívida eterna para com a justiça de Deus foi paga, de uma vez por todas e para todo o sempre por Jesus. A justiça de Deus foi satisfeita e nós podemos ser perdoados e reconciliados com Ele. Jesus fez isto por você e por mim. Está feito.

Agora, Jesus nos chama a nos arrependermos, crermos nele e no que Ele realizou por nós e então passarmos a segui-Lo cada dia no Caminho que é Ele mesmo.

Você quer fazer isto?

Que Deus, em Seu amor e graça, nos ajude.

Paulo Cardoso

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